Vamos nos iludir
Vamos criar uma utopia
Vamos sonhar e acordar
Em um mundo frio e cruel
Vamos ser tolos
E achar que o ser humano é bom
Que as pessoas se importam
Mais com o próximo
Do que com o celular novo
Vamos ser mesquinhos
E pensar só em nós
Ignorarmos as súplicas do mundo
Chutarmos para bem longe
O futuro de nossos filhos
Vamos dilacerar a garganta de nossos irmãos
Em busca de fama, poder e riqueza
Porque vale mais
Que o amor, amizade e respeito
Vamos nos destruir
Aniquilar famílias, cidades inteiras
Afinal
Para quê ter respeito pela vida, por nós mesmos
Vamos ser nós mesmos
E chorar por tudo que não fizemos
Vamos gritar
Por todas as desculpas falsas que demos
Vamos nos olhar
E vermos nossa alma despedaçada
E só então veremos
Que nem adianta mais
Criar uma utopia
Pois já é tarde
Vamos nos esconder
Em um canto escuro
E chorar
Pois é só o que resta
Oi Garoto...!!! essa é só pra você deixar de aperriar. "brincadeira"
ResponderExcluirGostei muito do Texto.
Bjus no coração e Sucesso!!!
Contraditório... vlw Ângelo...
ResponderExcluirOlá Ângelo,
ResponderExcluirEstou tendo contato com os seus poemas, de duas formas por termos algo em comum, primeiro sermos da mesma estirpe (poetas), segundo conhecemos a mesma pessoa (Assis Nunes de Paulista).
O termo no poema em epígrafe é o "não-lugar", do criar não criando, este mundo do não existir, existindo. Mas o poeta recusa a sua existência,ou seja desse mundo "não-lugar" no conjunto das antíteses da segunda estrofe com a terceira.
Aproveito para convidá-lo a me seguir no meu BLOG - POESIA EM MOVIMENTO - http://dutra-poesiaemmovimento.blogspot.com/
Um forte abraço literário.
Leonardo de Souza Dutra
Gosto que me enrosco.
ResponderExcluir